Agronegócio

O Agronegócio Virou Notícia no Jornal Sondagem Desde seu lançamento, o Jornal Sondagem fez valer sua proposta de divulgação e cobertura jornalística do setor agrário de Palmital e do Vale do Paranapanema. A página dedicada exclusivamente ao setor agrário do município recebeu o nome de “Agricultura”. Neste espaço, os profissionais do setor encontravam as mais variadas informações. A cotação dos principais produtos produzidos no Vale do Paranapanema poderia ser comparada com a cotação dos mesmos produtos produzidos em outras regiões do Brasil. O sojicultor poderia comparar o preço do produto nas mais diversas regiões do país: Coopermota (SP), Sorocaba (SP), Concórdia (SC) e Dourados (MS). Além do preço da saca da soja, poderia também saber o preço da tonelada da cana-de-açúcar e da mandioca; da saca do milho e do feijão; do quilo do suíno e da arroba do boi. Tudo era fielmente cotado pelo jornal para atender aos interesses dos empresários agrícolas da cidade e região. Através de convênio firmado junto ao INPE-CEPTEC – Centro de Pesquisas Espaciais – o Jornal Sondagem informava a previsão do tempo para o final de semana e a tabela de Clima e Balanço Hídrico do Vale do Paranapanema, que mostrava os indicadores climáticos da semana. Os dados fornecidos eram os seguintes: temperatura média da semana, índice pluviométrico, armazenamento hídrico (quantidade de água no solo), deficiência hídrica e excedente hídrico. Seguindo sua proposta inicial que era oferecer um espaço específico para tratar de assuntos referentes à agricultura e à juventude do município, o Jornal Sondagem, quando dirigido por Eduardo Budini e Marcos Antônio Paludetto, publicou dezenas de reportagens que mostravam as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais do setor agrícola em Palmital, bem como algumas experiências ou alternativas agropecuárias que mereceram destaque. A preocupação com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e a relação da produção do espaço com o trabalho agrícola ganharam destaque nas páginas do Jornal Sondagem, semanário palmitalense. Em outubro de 1.996, o então Secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Fábio Feldman, apresentou um anteprojeto de Lei Florestal que obriga a recuperação de áreas de preservação permanente em dez anos, e de áreas de preservação de Reserva Legal em vinte anos. É importante salientar que as áreas de preservação permanente são as áreas localizadas nas nascentes e nos mananciais e a vegetação ciliar, matas que acompanham as margens dos rios, fundamentais para o equilíbrio ambiental. A implantação da agricultura nessas áreas pode levar a terríveis impactos ambientais. Com relação à Reserva Legal, segundo o anteprojeto, os proprietários dessas áreas, além de manter a vegetação de preservação permanente, seriam obrigados a destinar mais 20% da área da propriedade para o reflorestamento da Reserva Legal. Conforme matéria publicada no Jornal Sondagem nº 08, de 14/04/97, estas medidas mobilizaram os agricultores e os Sindicatos do Vale do Paranapanema que, reunidos com o Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Graziano Netto, em abril de 1.997, apresentaram argumentos convincentes quanto aos enormes prejuízos que tal lei traria à agricultura do Vale. Os agricultores palmitalenses concordam com a afirmação de que as áreas de preservação permanentes são fundamentais para a preservação dos mananciais, mas são totalmente contrários à implantação da Reserva Legal, tendo em vista os possíveis prejuízos causados com a redução da área agrícola.